BEM-VINDOS À CRÔNICAS, ETC.


Amor é privilégio de maduros / estendidos na mais estreita cama, / que se torna a mais / larga e mais relvosa, / roçando, em cada poro, o céu do corpo. / É isto, amor: o ganho não previsto, / o prêmio subterrâneo e coruscante, / leitura de relâmpago cifrado, /que, decifrado, nada mais existe / valendo a pena e o preço do terrestre, / salvo o minuto de ouro no relógio / minúsculo, vibrando no crepúsculo. / Amor é o que se aprende no limite, / depois de se arquivar toda a ciência / herdada, ouvida. / Amor começa tarde. (O Amor e seu tempoCarlos Drummond de Andrade)
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sexta-feira, 20 de dezembro de 2013

Herói sem caráter

No último dia 20 de novembro, chamado dia da "consciência negra" (50 tons a escolher), li um texto que veio parar na minha feed de notícias do Facebook, afirmando que Zumbi (dos palmares) era uma espécie de herói sem caráter, um outro Macunaíma. Ele era racista e também mantinha seus escravos. Virou herói pelas lendas e poesias de cordel cantada por historiadores esquerdopatas.

Não sei se é verdade, mas é bem provável. Não existe ser humano 100% bom e 100% mal. Os romancistas só contam o lado bom.

Lembrei-me do excelente filme de Quentin Tarantino "Django Livre". Também narrando a escravidão nos EUA sulista. Ao modo Tarantino, tudo com muito humor, perspicácia, ódio e sangue — muito sangue. Excelente filme.

O que me chama atenção nesse filme não são os personagens interpretados por Christoph Waltz e Leonardo DiCaprio, mas o personagem de Samuel L. Jackson.

Ele era Stephen, um velho negro manco, racista e puxa-saco de brancos poderosos. Humilhava e ria dos outros negros. Se achava acima da sua gente. Odiava negros tanto quanto seu patrão Calvino Candie (Leonardo DiCaprio).

É dele a percepção do plano de Django e Dr. Schultz, para libertar a bela escrava poliglota Broomhilda. Chamou seu patrão num canto e o alertou sobre aqueles dois forasteiros. Um canalha!

A justiça veio. Django matou aquele velho safado e subserviente; mas antes, com requinte de crueldade, lhe deu um tiro no seu joelho doente. Eis, sim, um negro traidor da sua melanina, da sua gente. Bem feito!

Django (negro) era mocinho, inteligente, justiceiro, mas cruel; Stephen (negro) era asqueroso, covarde e medroso. Fosse pela política e seus interesses, era bem provável que tornasse um herói manco e Django um criminoso foragido da justiça.

Há muitos heróis agora em Gotham City. Porque até os vilões querem passar que são. O povo, na ignorância, se confunde e já não sabe mais a diferença entre Batman/Coringa e Django/Stephen. 

© Antônio de Oliveira / arquiteto e urbanista / Dezembro de 2013.

sábado, 9 de novembro de 2013

Monopólio das virtudes




(mais um texto que nasceu com a expressão facebookiana, mas resolvi postar aqui também)

De tudo de bom que disse o economista Rodrigo Constantino em sua palestra, por ocasião lançamento do livro "Esquerda Caviar", em São Luis do Maranhão, guardei a expressão "monopólio das virtudes".

Vivemos por anos construindo a história de um país sob a tutela do bom-mocismo; como se vivêssemos uma luta do bem contra o mal; e a gente, povo, sempre ao lado do (pérfido) bem, é claro.

Essa era fina flor que dizia trazer a boa nova à terra prometida, como heróis verdadeiros. Por uma classe artística, intelectual e política dominante do pensamento coletivo. De seitas, cujos os atores fomos subservientes; e lhes demos (de graça), status, gracejos e elogios para suas festas regadas a champanhe e caviar.

O que pensavam e diziam caiam como mantras e orações em nossas vidas. Por uma rede oculta e manipuladora, eles monopolizaram o amor, a esperança, a inteligência, os fatos, os caminhos, a palavra e as demais... virtudes.

Passamos por essa era de sensibilidade mal calibrada. Viajamos por contos de fada e histórias contadas sob um único olhar, o da chapeuzinho vermelho. Achando que tudo era só uma questão de matar o lobo mau; de tirar um rei e pôr outro no trono; um mais humano e justo. Um rei nosso.

Em suma, todo baile de máscaras termina com o raiar do dia, com toda orquestra esbodegada e com todas as máscaras no assoalho do salão. Os rostos serão expostos, revelados e não tem mais noite feliz e nem dança. A festa terminou.

© Antônio de Oliveira / arquiteto e urbanista / Novembro de 2013.

quarta-feira, 6 de novembro de 2013

Ter razão ou ser feliz?

É melhor que tenha razão em sua vida. Não no sentido ditame de opressão e imposição da palavra sobre a outra. Mas na forma que se descreve na sua raiz: a faculdade de compreender as relações das coisas e de distinguir o verdadeiro do falso, o bem do mal; a faculdade de raciocinar, de apaziguar, de estabelecer razões lógicas; justiça, retidão, juízo, bom senso, equidade... É mais do que isso, mas paro por aqui.

Ter razão é mais importante que os sentimentos vorazes e submersos. Podemos ter razão pelas estações e a florescer a vida toda, mas com a felicidade não temos a mesma garantia.

Razão é temperança, gentileza, amadurecimento, conhecimento; a felicidade é temporal, é do self, a forma que espírito se manifesta quando se reluz pelo feixe da... razão. Apagará com as noites sombrias, com as tempestades, a menor fagulha de dor, e com as pedras do caminho.

A razão é mister porque nela toda casa se edifica; e com a felicidade se apetrecha e se enfeita seus cantos. A razão nos põe no eixo, no equilíbrio e traz a paciência de viver dia após dia. A felicidade se aproveita disso, da sua existência para acontecer.

Ter razão, torna a vida mais esperançosa e feliz. Este é o aprendizado. Se tiver que haver uma ordem, que a razão venha a frente, abrindo os caminhos do entendimento, da compreensão; e que o coração seja a porta de entrada para ambas.

Deus me livre de ser feliz sem razão nenhuma. Quando desse torpor despertar, sentirei frio, fome, sede e amargura; e tudo sem onde me agarrar. Cadê a minha razão?  


© Antônio de Oliveira / arquiteto e urbanista / Novembro de 2013.

quinta-feira, 31 de outubro de 2013

A cidade dos sonhos


Quantos afoitos e assanhados da mobilidade urbana (assunto da moda política) vivem ruminando seus sons em debates sem fim; com o olhar de esguelha sobre um prisma da cidade que lhes interessa. Então, vai pimenta no debate.

Foi justamente num sonho que ele me falou (um anjo)... Às vezes é preciso olhar além das fronteiras do óbvio e do objeto: a escala humana da cidade. A coisa é maior que o simples transporte que se toma para visitar um tio do outro lado da cidade. Mas num canal de ideias, confrontando e abrindo layers sobrepostos nos vários outros seguimentos que envolvem a vida nas cidades: Morar, transportar-se, encontrar-se, se sentir seguro, se sentir justiçado, se sentir protegido, ter amigos, ter família saudável, ter escola, ter lazer, ter saúde pública de qualidade e ser feliz na urbe.

Não adianta discorrer sobre mobilidade, querendo que todos andem de bike (só pra dar um exemplo), e depois ficar tecendo no imaginário uma outra bucólica cidade de paz; dentro de uma ordem pública estabelecida, de policia sem armas, de gente feliz, com drogas legalizadas, cadeias vazias, bibliotecas bem visitadas, museus, iPhones pra todos e mulheres vendendo seus corpos em vitrines, como em Amsterdam.

Sem o alcance do desenvolvimento educacional, cultural, social e político não se sustenta o restante. A comparação é torpe e longínqua. Alcançar meios de transportes sem igualar a cultura cidadã é uma coisa bem amadora. A carroça ainda está presente na alma brasileira e o temor da cidade também. Como enfrentar e equalizar tudo?

O Brasil, São Paulo, Rio de Janeiro não têm forças (moral e política) pra enfrentar black blocs nas ruas. Eles estão aí soltos quebrando e incendiando as cidades. Este é um ponto. A PM virou alvo de todos e inimiga pública número um. A insegurança se espalhou como rastilho de pólvora, com artistas e juízes (?!) apoiando os incendiários da cidade; e todo mundo  querendo transporte de primeiro mundo... É como fazer cirurgia na precisão de um bisturi de um lado e na cegueira do gume de um facão do outro, e tudo no mesmo corpo doente.

Como falar em mobilidade urbana (padrão FIFA) tendo um povo e governos miseráveis e numa enfermidade mental sem cura; e num momento como esse, quando as cidades estão em ruínas. E a vida cada vez mais cara para viver, com governos corruptos, impostos altos e sem retornos em projetos que sustente uma simples vida. Como ser feliz na cidade só andando de bike?

Quem dera fosse só organizar os espaços, distribuir seus modais por canaletas e ciclo-rotas; com o ir-e-vir livre e barato; como aquele garoto de Liverpool que atravessou a cidade num bus, só por saber que um ser qualquer, do outro lado da cidade, sabia fazer um "B7" no violão, e ele queria aprender. 

Os moleques (mlks) de hoje, da periferia, não querem tomar o "buzão"; eles querem andar de carrão possante, com o som nas alturas, tocando seu pancadão. Porque é assim que se pega mais mina. E as "mina pira" no cara de carango com pancadão. Eles sabem disso e vão atrás. As mina não "pira" naqueles que andam de bus, falam dois idiomas, frequentam biblioteca, veem filmes cults e ouvem Mozart no fone de ouvido. Esta é a cultura que precisa reverter e alcançar. Esse moleque, como todo mundo, só quer ostentar e demonstrar seu poder.

Uns dirão "eu só faço a minha parte... O resto não é comigo".  Não adianta. Para a cidade dos sonhos há que todos façam sua parte ao mesmo tempo; que sonhem e realizem juntos. E isso tem um principio nos poderes constituídos. Com ética, moralidade em alta, transparência, planejamento e uma população que lhe presta confiança.

Já finalizando, lembro das palavras do dramaturgo e escritor Nelson Rodrigues: "O brasileiro não está preparado para ser o maior do mundo em coisa nenhuma. Ser o maior do mundo em qualquer coisa, mesmo em cuspe à distância, implica uma grave, pesada e sufocante responsabilidade".

© Antônio de Oliveira / arquiteto e urbanista / Outubro de 2013.

domingo, 16 de junho de 2013

Só os tolos são felizes

(publicado na minha página do Facebook em 15/jun/2013)


Se você é daquelas pessoas que dão gargalhadas vendo videocassetadas e não vê a hora de começar a dança dos famosos pra ver a namorada do Neymar, você é um tolo;

Se você é aquela pessoa que só vê bobagens na tv, passando bem longe dos livros, porque livro na sua casa só serve pra calçar monitor, você é um tolo;

Se você defende e trabalha por algum político corrupto ...na eleição e acredita que ele pode mudar uma cidade, um estado, uma nação e a si mesmo, você é um tolo;

Se mesmo depois da eleição, este político não fizer nada do prometido (só roubar) e você continuar acreditando nele, porque “não se muda nada em 4 anos”, você agora é um tolo²;

Se você acredita em toda campanha e cartaz que se produz no Facebook, porque tem gente distribuindo bondade por aí, você é um tolo;

Se você é daqueles que acham que temos que devolver o Brasil aos indígenas, e por isso agora você vai registrar seu sobrenome como “Kaiowá”, você é um tolo;

Se você é daquelas pessoas que acham que o Brasil é o melhor país do mundo, porque aqui não tem guerra (como se não tivesse), não tem terremoto, o clima é tropical, com gente solidária pra todos os lados, você é um tolo;

Se você acredita que somos os melhores do mundo porque somos os donos do futebol e temos Pelé, Ivete, Michel Teló nos representando lá fora, você é um tolo;

Se você é daquelas pessoas que discutem futebol com bravura e conhecimento, mas não sabe nada sobre a PEC-37 e outros projetos escusos que restringem os poderes daqueles que o defende, você é um tolo;

Se você é do tipo que diz não ligar pra política, e pra você o Mensalão é coisa de político e todos roubam mesmo e você não pode fazer nada, você é um tolo;

Se você acredita em manifestações contra o aumento da passagem de ônibus depredando o ônibus e destruindo bens públicos e privados, mesmo sabendo que muitos desses manifestantes não se importam em pagar R$2000,00 num smartphone, você é um tolo³ (ao cubo);

Por fim, já que você é um tolo mesmo, mas assim se sente bem, então por que reclamar? Pelo seu estado letárgico da felicidade perene, você está imune a tudo isso, porque SÓ OS TOLOS SÃO VERDADEIRAMENTE FELIZES.


© Antônio de Oliveira / arquiteto e urbanista / Junho de 2013.

quinta-feira, 4 de abril de 2013

50 tons de pensamentos



A linguagem do mundo mudou. Nos dias atuais, se aceita tudo com tudo que se escreve por aí; até erros gramaticais em provas de redação se toleram. OMD! (Oh my dog). Não me oponho aos erros. Acho até que, a pessoa deveria ficar com a face rubra e correr ao dicionário, mas não vai. O problema é que por trás deles (erros) vêm as tolices, sandices e a falta de cultura, mesmo! Infelizmente poucos se preocupam com isso. No meu tempo, ficaria sem dormir, se soubesse que cometi alguma gafe com as palavras.
Já disse outras vezes, as ferramentas atuais de comunicação, são tão boas que estão empobrecendo o ser humano e preservando só os tolos.
Escrevo habitualmente na minha página do Facebook. Tenho minhas convicções, opiniões e penso que isso possa inquirir as pessoas a pensar; como também recorro de outras fontes para formar os meus pensamentos. Nisso, posso ser sério, irônico ou só contar uma piada (sem rir de mim mesmo).

Com ajuda dos leitores, resumi as 50 melhores - dependendo do ponto de vista pode ser “as piores” - frases já postadas na minha página do Facebook. Há os que me odeiam por elas; mas há – ainda acho que é a maioria – os que as curtem (polegar para cima) na forma como construo e explano certos pensamento. Sem medo do rídiculo e da exposição.
Quando encontro com algum virtual na rua e essa pessoa diz que gostou do que escrevi, fico feliz.
Então, com vocês minha coleção de pensamentos.

50 TONS DE PENSAMENTOS

1) Quando você tem noites boas de sono; quando você não se aborrece com nada; quando você não lembra como é um resfriado; quando suas finanças andam em dia; quando amigos de verdade frequentam sua casa; quando se está em paz com a família... Cuidado! Você pode estar sofrendo de FELICIDADE;

2) Quando encontrar alguém na sua vida, e por alguns segundos, sentir que seu coração parou de bater; sentir que suas pernas já não têm mais força; sentir uma sofreguidão e um aperto no peito... Preste atenção nesses sinais. Depois, torça pra que esse alguém seja seu cardiologista. Você pode estar tendo um enfarte!

3) Você percebe que está viciado em Facebook quando, faz 30 minutos que está com LISTERINE (álcool) na boca, na frente do computador e só agora lembrou que tem que cuspir e escovar os dentes.

4) Segundo a Agência de notícias Reuters, a pessoa que diz “MEU NEGÓCIO AGORA É BEIJAR NA BOCA E SER FELIZ”, 100% delas não está beijando na boca de ninguém e está muito infeliz;

5) A cor do esmalte das unhas sempre reflete a insatisfação do sexo feminino. A cada semana, não se contentando com o que pôs, ela muda a cor;

6) Stephen William Hawking, o maior físico contemporâneo. Já desvendou as galáxias, os planetas, a lua, marte, incas venusianos, seres abissais, todo o universo, disse: a única coisa que eu não consigo desvendar é a “cabeça de uma mulher”.... Para tudo!!

7) DAS TRIPAS CORAÇÃO - Para satisfazer sempre a insatisfeita da mulher, o “pobre” do homem tem que se desdobrar em vários. Um mero coadjuvante, mas com vários papéis dentro de casa: eletricista, pedreiro, encanador, enfermeiro, massagista, lixeiro, cozinheiro, faxineiro, ajudante geral. Tem que ser super-herói, Capitão América, Iron-man, Spider-man, Superman e Thor (todos os vingadores). Depois tem que ser Anderson Silva, Don Juan, Rodrigo Santoro, Brad Pitt (quando enjoa do moreno), George Clooney (quando querem um grisalho), Victor&Leó (os 2 em 1), Jorge&Mateus. E precisa ser inteligente, idiota, advogado, consultor de moda, psicólogo (em caso mais graves psicanalista), surdo, mudo e palhaço... E além de todos esses papéis tem que ser FIEL!

8) Diga a verdade sobre você; não propague e considere pra si o que é do outro. Tudo do outro pode ser mentira;

9) Toda vitima social é antes de tudo um objeto de manipulação dos maus-caracteres. Como quer que a sociedade se sinta culpada pelo comportamento e escolha de um único indivíduo?

10) O FACEBOOK parece um grande livro de autoajuda virtual. Se todo mundo fizesse 10% o que propagam nos cartazes, que se resume em amar, amar, perdoar... Teríamos um mundo melhor e convertido pelo Face;

11) O pior desastre da vida humana é quando o médico (ou alguém) corta o cordão umbilical. Aí começa toda tragédia humana; numa trajetória de luta por buscas em razão da incompletude;

12) É FODA QUANDO... Você posta uma foto antiga (10 years ago), no mural de uma amiga, achando que ela vai gostar de lembrar aquele dia... Ai ela escreve assim: CREDO! TIRA ESTA FOTO DAÍ... EU TO GORDA!!!

13) Dúvida loirística: Contagem regressiva eu já sei (10, 9, 8...). Agora, “contagem progressiva” é o número de vezes que vou ao salão fazer escova no cabelo?

14) Quando estou dormindo desejo que a chuva caia a noite toda sobre meu telhado – o barulhinho. Quando eu desperto, desejo que o sol esteja me esperando lá fora. Acho que sou normal, nada além;

15) CONSELHO DE STO ANTONIO - Casamento não é brincar de casinha com o Ken, fazendo comidinha de mentirinha, no fogãozinho da Barbie. E depois juntar tudo e guardar no quarto de brinquedo;

16) Tem coisas que são mais velhas que mouse com bolinha embaixo?

17) A humildade também pode ser um entorpecente. Não há nenhum mal em ser viciado nela.

18) Tem tanta gente se orgulhando de tantas outras coisas por ai: de ser ateu, ser católico, ser evangélico, ser pobre, ser petista, ser ativista, ser ambientalista, ser corinthiano, ser flamenguista... Ninguém se orgulhando de ser somente humano;

19) Hoje quando despertei, meu pescoço fez treck; virei pro lado e meu braço fez creck; quando espreguicei minha coluna fez também crack. Foi por os pés na sandália ao lado da cama, eu senti o CROCS;

20) O mundo é um grande tabuleiro, com 32 quadrinhos pretos e 32 quadrinhos brancos. A pequena minoria inteligente, perspicaz, ousada, corajosa, trabalhadora joga XADREZ; a grande maioria joga DAMA (no mesmo tabuleiro). Por que se faz de vítima e é covarde, fraca, preguiçosa, medíocre e incapaz de ser melhor. No mundo, poucos carregam muitos. O tabuleiro é o mesmo, o que muda é o jogo que se joga;

21) Em suma, as relações modernas são assim: Quero minha individualidade, mas com compromisso em nós.

22) Toda mocinha adora ser acadêmica – ficar horas na academia –, pra ficar bem saradona, pra conquistar aquele homem gordo, que não vai à academia, porque está correndo atrás do dinheiro, que atrai aquela mocinha que fica horas na academia por causa dele, do dinheiro do homem gordo. Não necessariamente nessa ordem;

23) Brasileiro é movido a sentimentalismo. Fôssemos movidos pela razão e pela justiça, seríamos um povo melhor;

24) O bom da vida é encontrar uma verdade, qualquer que seja, e mudar o caminho seguindo agora por ela; o pior é encontrá-la, estancar o caminho sem enfrentá-la e continuar vivendo a mentira;

25) Mulher bonita é aquela que, quando está parada em frente a uma vitrine de uma loja de shopping, tem sempre um homem atento (babando) catando a poesia que entornas no chão;

26) O que eu tenho mais saudade da minha juventude é da inocência. Quando a perdemos, deixamos de ser puros; deixamos de ser plenos de amor;

27) Pode parecer que não, mas eu adoro quando você me odeia;

28) A maturidade pode significar aquelas palavras sublinhada há anos atrás, e agora você nem lembra mais porque comprou aquele livro;

29) O verdadeiro AGRONEGOCIO é ir sábado à tarde ao Bar do Xuxu (Chuchu), comer Mandioca frita, tomando Cevada aos litros e falando um monte de Abobrinhas... Tudo o que impulsiona a máquina econômica do país;

30) MENTIRAS SINCERAS ME INTERESSAM - Toda vez que o Apedeuta disser que uma coisa é mentira, tenha certeza que é verdade. A verdade não acredita nele e a mentira também está começando a se convencer disso: é mentira tudo que empenha em afirmar ser verdade. Ele só conheceu a mentira na vida; namorou, noivou e casou-se com ela; e agora acha que ela tem que ser repetida até virar... verdade. Por que a verdade é que traça todos os caminhos, mesmo quando é mentirosa. A bem da verdade, a verdade nunca lhe convenceu; sim a mentira, que tem por ele muito apreço, como a recíproca sempre é verdadeira;

31) Antigamente (old days) às 07h30min da manhã, toda mulher estava na cozinha, silenciosa, passando um café bem gostoso para o marido que estava indo trabalhar na fábrica. Hoje, nessa mesma hora, essa mulher abre a janela pra gritar VAI CURINTIA! Acordando toda a vizinhança. E o marido? Ele que vá tomar café na padaria!!

32) 03 coisas que só quem acredita em Papai Noel, duende e saci Pererê consegue ver na política brasileira: 1] a mídia golpista; 2] a direita reacionária 3] as elites dominantes. E só os militontos acreditam que elas, juntas, querem derrubar o governo. Então eu explico. O que faz cair a máscara governamental são os FATOS por eles mesmos construídos e protagonizados nos porões do poder, e que nunca imaginavam vir a publico;

33) MODINHAS DO MOMENTO – [1] Sempre quando alguém posta alguma coisa que começa “Com o tempo aprendi...”, na verdade não aprendeu nada ainda, volte 03 casas e reinicie o jogo... [2] Depois do “ficadica”, agora a crise é escrever no final (ou no início) de qualquer bobagem que se posta “Simples assim”, com ou sem reticências. É isso aí meus caros ouvintes, somente algumas reflexões para o dia. Difícil? Não. Simples assim... #ficadica;

34) BOLSA VADIA – Nosso glorioso Senado Federal acabou de aprovar um projeto de Lei, que atribui a toda mulher, que se separou do marido por causa da violência do parceiro, uma ajuda do governo de R$622,00, durante um ano... Pois sim, o homem que vai estar na moda daqui em diante é exatamente o tipo Stalone (com músculos no cérebro). Lutadores de UFC e coisas do gênero serão disputados por elas... O que vai haver de mulher sendo espancada com consciência e gosto. E aquelas que, além do marido, apanham do amante? Vão receber R$1.244,00... limpinho, todo mês. Pode isso Arnaldo? Pode sim. É o famoso Bolsa Vadia;

35) 140 CARACTERES – É difícil hoje em dia as pessoas terem paciência com aquele objeto que nossos antepassados chamavam de “livro”. Dá preguiça ter que ler tudo aquilo, que só serve pra saber como será o filme quando passar no cinema, ou pra se instruir, né? Ler pra quê, se posso ver o filme? Outro dia emprestei um livrinho (250 páginas) para uma pessoa que estava precisando de algumas palavras que pudessem orientar seu caminho naquele momento. Não, não era um “autoajuda”, mas um livro cientifico, de autoconhecimento e transformação. Ela não leu o livro porque achou longo e se ateve somente a ler as frases que eu sublinhei. Pois é, frases sublinhadas são aquelas que vão parar no twitter. Os 140 caracteres; ou: os 140 tons da preguiça;

36) COISA DE POBRE- Ir ao caixa eletrônico e demorar mais que o habitual, só pra parecer que aplica, transfere, deposita porque tem muito dinheiro. Quando sai, leva uma nota de R$10,00 pra passar o resto do mês;

37) Gosto daquele tempo em que a geladeira era branca, o telefone era preto e o mar era azul...;

38) PASSAPORTE CURANDEIRO – Pensando bem, tem tudo a ver com o Brasil dar passaporte diplomático aos pastores curandeiros. É o retrato dessa nação medíocre e pobre de espírito; aonde pessoas simples e sem esperança vão atrás da cura (do milagre) para suas vidas. Assim, entregam seu mísero salário para esses charlatões. Ou seja, pagam para ter o que Deus lhes daria de graça, se fé tivessem. E depois de lesadas, descobrem que nunca foram curadas. Mas e o dinheiro? Ah, este o pastor não devolve mesmo, sob a alegação de “não orou com fé”;

39) A VIDA É BELA - Não sou bom em economia, mas toda vez que leio algum artigo da área, com especialistas assustados com as manobras governamentais para esconder os números reais, me vem à cabeça aquele filme do Roberto Benigni, "A VIDA É BELA" (Oscar de melhor filme estrangeiro - 1998). Em plena 2ª guerra - e até na hora de morrer - ele tentava passar a ideia para o filho que estavam num jogo de guerra e que tudo não passava de uma brincadeira, tudo estava bem. Pura ilusão. Morreu;

40) FEBEAPÁ - Dentro do festival-de-besteiras-que-assolam-o-país (FEAPÁ), tem os especialistas da porta arrebentada. Depois que tudo ocorreu e não tem mais o que remediar, aparece aquele pra dizer “o que deveria ter sido feito era...”. Especialista em fogos de artifício; especialista em fuga; especialista em multidão de jovens; especialista em porta de boate; especialista em banda gaúcha... Mas o melhor de todos eles é o especialista em porranenhuma! Por que ninguém ouve este cara???

41) O SILÊNCIO DOS BONS – Há uma peleja oculta neste Brasil corrupto pela politica da ‘cumpanheirada’. A luta é desanimada (mas existe), da classe que está atenta aos desmandos governamentais, contra os militontos esquerdopatas, que aliciam o povo desinformado. Essa maioria desinformada (sem educação e sem nada) é quem elege o corrupto, por orientação dos militontos. Como se processa tudo isso? O cidadão de bem, atento às linhas dos jornais, não produz barulho. O máximo que vão dizer nos comentários das matérias é “O PT é o câncer do Brasil...”. Na eleição, votam contra o corrupto e ficam por aí, porque pensamentos não fazem eco... Por outro lado, a parcela mínima da petralha militonto, se multiplica, se espalha pra fazer chegar até os desinformados, pobres do sertão afora, que tudo está bem, e dando como exemplo as “bolsas” distribuídas pelo governo. Você não tem saneamento básico, mas é feliz, cara! – argumentam. O silêncio dos atentos não incomoda, mas é tudo que não faz o Brasil berrar por justiça, para o bem de todos;

42) OPINIÕES FEMIMINAS - Toda vez que um homem quer saber mais de uma mulher de seu interesse, ele não deve ouvir a opinião de outra mulher. Simples. Porque, embora sejam da mesma linhagem, vindas do mesmo planeta, mulher não entende de mulher; não entende numa mulher o que atrai a um homem. Porque o homem quase sempre irá pensar com uma cabeça que não tem cérebro. Cabeça essa que a mulher conselheira não tem;

43) BOOK EIGHT – A frase “Eu te amo” pode ser explicada pelos verbos “to want” e “to need” (defective or special verb). O verbo “to need” exprime necessidade; o verbo “to want” exprime só um desejo. Bob cantava nos anos 60 “I want you”; Paul cantava na mesma época “I need you, I need you...”. Paul estava amando alguém; já Bob só queria dar uns pegas;

44) O povo brasileiro – no atacado – não está preparado, intelectualmente, nem pra ver “Branca de Neve e os Sete Anões” (Disney – 1937) – filme de mais de 70 anos. Não tem compreensão para uma história de difícil linguagem (?). É mais fácil ver “vídeo cacetada”, que não precisa pensar e nem ler legendas. Só rir, como tolos. Por isso, os políticos deitam e rolam; mandam e desmandam aqui. Com todo mundo em profundo sono, como se mordesse uma maça envenenada. Cadê o príncipe para acordar esta gente?

45) SINDROME DE SCARLETT – Há uma sindrome que afeta algumas mulheres. A Sindorme de Scarlett. Sabe aquela que acha que todo homem deve se rastejar, até os que a amam de verdade? Por que, no fundo, ela não gosta de nenhum e não vê ninguém, exceto a si mesma. Pois é, um dia ouvirá esta frase – pra mim a melhor - do filme “E o vento levou...”: Minha querida, você é tão infantil. Você pensa que dizendo “me desculpe”, todo passado pode ser corrigido. (Capitan Rhett Butler).

46) No livro “COMO AGARRAR SEU HOMEM SEM ABRIR A BOCA” tem o capítulo “Cuidado com as mãos” (pág. 256). É importante que suas mãos alvas não tenha calos. Calo brocha. Você pode até justificar que puxa ferro na academia sem luvas, mas no fundo, ele sempre vai pensar que você passa o dia todo pegando no cabo da vassoura, do escovão ou da enxada; ou em grau menor de colosidade, irá imaginar que lava louça sem luvas e com detergente tabajara. Ah! Esmaltes alternando em tons (cinquenta) de vermelho ou base simples com ou sem francesinha; nunca essas cores da moda, como cinza, verde e azul; ou pior, sem nenhum esmalte. Brochante total. Aguarde mais dicas do livro. I wanna hold your hands;

47) PET-SHOP-MUNDO-CÃO – A explicação de estarmos vivendo a Era das causas animais, não está, exclusivamente, só nos descuidos e maus tratos que sofrem nossos pobres domésticos. Maior que isso, a questão está na carência humana por afeto. Os domésticos têm de sobra o que está faltando aos homens. Pessoas sem afeto vão cuidar dos animais, pra terem suas almas cuidadas por eles. Isso não ocorria no século passado (faz pouco tempo). Depois que o homem se perdeu de si (e da família), foi buscar nos animais o que agora não encontra mais no seu semelhante; justificando que eles (animais), e só eles, precisam de cuidado. Incondicional e em nada em troca? Ah tá!

48) THE SHACK - Notem, nos dias atuais, as obras literárias que viram best-seller (as mais vendidas), depois de um tempo ganham ramificações de suas histórias. Ou alguém resolve contar mais do que o livro já disse, só com obejtivo da especulação da obra alheia. Uma gente sem criatividade, mas esperta e com vontade de ganhar uma graninha com a ideia do outro. Por exemplo, um dos livros mais lidos e vendidos nos últimos anos ‘A CABANA’, ganhou várias vertentes. Você pode escolher: “De votla à Cabana”, “Encontre Deus na Cabana”, “Encontre a si mesmo na Cabana”, “Em busca da Cabana”, “50 tons da Cabana” e para os mais antenados em redes sociais tem o “A Cabana, #partiu”;

49) RUNNING – Já dizia o poeta “a vida é mesmo assim, dia e noite, não e sim...”. Como é assim a vida, tem sempre alguém correndo atrás de alguém, que está correndo atrás de alguém, que está correndo atrás de alguém, que está correndo atrás de outro alguém que está... E pra seu desespero, ninguém correndo atrás de você. Então, pare no próximo ponto e reflita!

50) EXPLICANDO O FACE – Na última aula, fiz a seguinte explanação aos alunos. Na maioria dos casos, esta coisa do Face (mudar o status), não quer dizer que ambos foram algum cartório, que entraram numa igreja, trocaram alianças; depois fizeram festa com convidados e padrinhos, filmagens, fotos e foram em lua-de-mel pra Porto Seguro... Nada disso. É só aquela rotina, do cara que vai toda noite filar janta (bóia) na casa dela, e depois de muitas gargalhadas e cerveja na cabeça, acaba dormindo por lá. Dois, três meses nessa batida, no Face, isso é status de "Casado". Entendeu???
© Antônio de Oliveira / arquiteto e urbanista / Abril de 2013.

terça-feira, 18 de outubro de 2011

Discussões sem fim

“Vamos acabar com o samba
Madame não gosta que ninguém sambe
Vive dizendo que o samba é vexame
Pra que discutir com Madame”

Por duas semanas seguidas, o Professor e filósofo Luiz Felipe Pondé repetiu o tema em sua crônica semanal no Jornal Folha de São Paulo. Qual era o tema? A beleza. Alguém, a quem chamou de “corretinhos”, o pautou na semana anterior, não anuindo sobre o que disse. Pondé tem uma escrita que aprecio. Ele escreve com o dicionário da lógica ao lado. Coincidência ou não, escrevi sobre a beleza também e volto escrever de novo.

Há discussões que são homéricas e podem parecer que não levam a lugar algum. Mas não deixa de ser prazeroso discutir certos tabus. Há pontos de vistas diversos. É só ler os comentários, sobre qualquer assunto, das pessoas nas redes sociais e noticiários na internet e verá os diversos pontos de vista. Poderá até mudar sua opinião em frações de segundo.

O Facebook criou uma ferramenta interessante que é o “curtir”. Se você gostou do que o amigo escreveu ou postou, você clica “curtir”- com o polegar para cima. Já o “não curtir” não existe. Claro que não deve existir. Se você não gostou, não precisa dizer, é só desprezar, ainda mais porque irá entrar em quintal alheio.

Meu próximo texto que deixarei aqui no Blog (com área para comentários) vai tratar de três assuntos polêmicos: futebol, religião e mulher. Claro, sob a visão deste escriba e de nenhum outro. Uns poderão dizer “curti”, outros poderão me mostrar o polegar para baixo. Fazer o quê? Ainda não consigo ser unanimidade. Sexta-feira neste Blog: Futebol, religião, mulher...

© Antônio de Oliveira / arquiteto e urbanista / outubro de 2011.