BEM-VINDOS À CRÔNICAS, ETC.


Amor é privilégio de maduros / estendidos na mais estreita cama, / que se torna a mais / larga e mais relvosa, / roçando, em cada poro, o céu do corpo. / É isto, amor: o ganho não previsto, / o prêmio subterrâneo e coruscante, / leitura de relâmpago cifrado, /que, decifrado, nada mais existe / valendo a pena e o preço do terrestre, / salvo o minuto de ouro no relógio / minúsculo, vibrando no crepúsculo. / Amor é o que se aprende no limite, / depois de se arquivar toda a ciência / herdada, ouvida. / Amor começa tarde. (O Amor e seu tempoCarlos Drummond de Andrade)
Mostrando postagens com marcador manifestações. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador manifestações. Mostrar todas as postagens

segunda-feira, 21 de agosto de 2017

A fake news, o globalismo e Trump


No último dia 20 de janeiro, enquanto Donald Trump tomava posse do seu mandato à presidência dos EUA, um grupo de extremistas de esquerdas, financiados pelos mesmos bilionários que bancaram a campanha da democrata Hillary Clinton, quebrava e punha fogo na cidade de Washington DC. No mesmo instante, uma marcha de mulheres, em extensão mundial, era iniciada, contra um presidente legítimo. 

E o que fez Trump para merecer todo esse manifesto? (Mal havia tomado posse) Ele é mesmo um radical, um xenófobo, eugenista, racista, sexista, machista como lhe atribuíram? Não! Ele é só um bilionário republicano que se posicionou desde o início da sua campanha como combatente do status quo; contra o establishment montando pelos mesmos bilionários metacapitalistas, que botaram Obama na presidência e esperavam, com Hillary, continuar na construção de um projeto mundial de poder.

Naquele mesmo dia 20 de janeiro, a imprensa, ao qual Trump apelidou de “Fake News”, passava o olhar reticente pelas depredações e seus extremistas violentos, chamando-os somente de “manifestantes”, escondendo sua natureza da esquerda mainstream. O modus operandi dos Black Blocs de Washington DC era o mesmo do que vimos no Brasil (Movimento Passe Livre): jovens mascarados, fortemente armados com bombas e inconsequentes.

Para a imprensa de esquerda, tanto aqui como lá, não existe o extremismo de esquerda, mas a coisa tem nome quando surge de um lado onde a tinta não é de esquerda. Aí eles chamam, em tom raivoso, de: supremacia branca, extrema direita, neonazistas, neo-kkk, etc. Fato como aconteceu recentemente na cidade de Charlottesville, na Virgínia.

Depois desse episódio, na semana seguinte, quando uma van, dirigida por um terrorista, atropelou e matou 14 pessoas e feriu outras tantas num calçadão em Barcelona, a mesma imprensa foi cândida ao dizer, como sempre: “terrorista”. Sem alaridos, sem apontar sua origem, motivação e sem pedir seu fim. Isso fica bem claro quando, no dia do confronto nos EUA, o correspondente da Globo News, Guga Chacra, ao ser chamado para comentar já foi disparando, babando na gravata: supremacia branca, neonazistas, xenófobos, racistas, etc, e tudo que pudesse chamar. Claro, no final ele atribui a Trump o confronto. Já sobre as mortes em Barcelona, ele foi comedido e tênue com as palavras.

E por que tudo isso agora? Por que esse embate, esse separatismo, esses ataques exatamente quando um republicano como Trump assume o governo? Fácil você identificar. Primeiro, vamos lembrar que, durante o governo de Obama tais confrontos não aconteciam nos EUA — ninguém foi derrubar a estátua de um confederado. Quando um atentado terrorista acontecia — terroristas não negociam com nenhum dos lados —, o máximo que Obama fazia era chorar e dizer que era preciso desarmar a população, seguindo o caminho de ditadores históricos que conseguiram depois implantar suas ditaduras através do desarmamento da população — Chávez, por exemplo.

Logo depois do ataque à revista Charlie Hebdo, um manifesto (sem organização), surgiu em Paris, na França. No dia seguinte, lideres mundiais estavam em marcha contra o terror. Obama se omitiu e não compareceu. Nenhum veículo de imprensa, desses financiados pelo Globalismo, lamentou ou cobrou sua ausência.

Acredito, pois,  que essa guerra de desinformação (ação de suprimir uma informação, de minimizar o seu efeito) está só começando. A ressurreição de grupos extremistas como neonazistas e KKK e depois colar tudo isso em Trump, ainda terá muitos episódios. A força do governo Globalista, que mantém o domínio dentro do partido democrata, não desistirá de seu intento: colocar a opinião pública contra Trump e derrubá-lo. Mais e mais confrontos irão aparecer. A fake News não deixará de associar Trump a Hitler, assim como faz a revista brasileira IstoÉ, que vive montando imagens de Trump com Hitler.

Duas coisas, só para dar exemplo (e finalizar), que a Fake News não notícia e esconde do grande público: que a campanha eleitoral do bilionário Trump, ao governo dos EUA, foi quatro vezes menor — MENOR! — (e como recursos próprios) do que a da “mulher frágil e pobre” Hillary. Depois, eles também nunca irão dizer que, a KKK (grupo racista) teve seu berço dentro do partido democrata, a esquerda americana. Em qualquer confronto futuro, nunca irão dizer, também, por onde tudo começou. Só irão contar: Trump está metido nisso. Isso se chama desinformação, a farsa da informação.

A quem interessa e por que financia tudo isso mesmo?

Para entender melhor o que é Globalismo e Nova Ordem Mundial, pesquise:
Vídeo – Palestra do Prof. Olavo de Carvalho na OAB (2004). Disponível no You Tube;
Vídeo – Documentário da Agenda Marxista na América. Disponível no You Tube.
Livro – “A Corporação - A história secreta do Século XX e o início do governo mundial”, por Nicholas Hagger.
Texto – “O dono do mundo”, por Alexandre Borges (http://midiasemmascara.org/arquivos/o-dono-do-mundo/)

 © Antônio de Oliveira / arquiteto, urbanista e cronista / agosto de 2017

quinta-feira, 4 de julho de 2013

O que a mídia não mostra


O que algumas pessoas próximas não sabem, mas eu tenho certa repulsa pela palavra americanizada “mídia”. Muito difundida no meio político e utilizada para exprimir a imprensa em geral. Sempre usada de forma negativa, quando se quer dizer de ausência, ou controle de tudo que se publica nos meios de comunicação. Prefiro então dizer “press”, ou simplesmente Imprensa. Apesar de gostar de citações em inglês, "mídia" deixa tudo solto, sem sentido, sem eixo.

Segundo os dicionários, “Mídia” vem do inglês “Media”, podendo resumir em meios de comunicação, ou conjunto de formas de comunicação. O que contempla todos: rádio, televisão, internet, jornais impressos, revistas, etc.

No Brasil, a imprensa cumpre hoje um papel bem atípico; longe do que se fazia anos atrás. Tudo hoje se resume em só levar e trazer informação. Deixou de ser um veículo de formação de uma ideia e investigativo. Virou uma redação de fofocas de tudo que se ouve e propaga por aí nas redes sociais. Ninguém depura nada. As formas vindas por redes sociais são instantâneas e de fácil digestão. Muitas notícias ficam na cabeça do leitor com pontos de interrogação, que poderá fazer dela o que quiser; assim como um angu de caroço.

O guia do politicamente correto tem determinado também o manual de redação das grandes empresas de comunicação do país. Na prática, seguem uma cartilha social e correta para estar bem com todos, sem gafes. Alguns aboliram ou trocaram o popular termo “favela”, por exemplo, pelo politicamente correto “comunidade”.

Fosse só isso, podíamos pensar que era só uma forma de chegar ao leitor de uma maneira mais formal, mas a coisa é mais pecaminosa. Grande parte da imprensa no Brasil, que deveria se unir ao seu leitor em forma de colher e apontar a verdade dos fatos, conta, muitas vezes, só meias-verdades, ou pior ainda, se omite e se ausenta sem dizer uma só palavra.

No surto de manifestações que tomaram conta do Brasil — ninguém sabe, de fato, os motivos, porque há muitos motivos —, a "mídia" se tornou, não aliada do movimento, mas vidraça para muitos. Alguns jornalistas têm escondido o microfone de suas emissoras e gravado matérias por telefone celular; passando como meros espectadores e partícipes dos manifestos. Isso é decadente, porque os manifestantes sabem que a imprensa tem agido conforme a cartilha dos seus patrões, neste caso o próprio governo.

Óbvio que, em meio a muitos, existem os que ainda se consideram imprensa livre, e dizem o que pensam, fazendo a leitura sobre todos os ângulos; mostrando sua cara e por isso sendo mais aceitos.

Nos tempos atuais, onde a internet tomou conta de tudo, a velha imprensa (typewriter) ficou velha mesmo, caduca, como no filme de diálogos confusos “Front Page”, do bom diretor Billie Wilder. As pessoas estão escolhendo o Facebook para se atualizar; ou publicando suas opiniões em vídeos pelo You tube. A imprensa virou espectador do leitor que agora é ativo no guia da informação. O restante vão fazer fofocas dos programas de reality show.

Nos últimos dias, o movimento “#MudaBrasil” se propagou como um rastilho de pólvora e pegou todos de surpresa. O governo, que sempre teve debaixo das asas do seu poder, diversos seguimentos da sociedade como sindicatos, centrais sindicais, movimentos sociais e ONGs, ficou atônito com os manifestos, pois era algo fora do controle. Se for quer buscar o fio do novelo, não chegará a lugar algum. A internet é o estopim, o fio desencapado, como sugeriu o ex-presidente Fernando Henrique. Com quem agora negociar? Não tem com quem e nem o quê.

Vira-e-mexe se lê nos murais das redes sociais o termo “o que a mídia não mostrou”. Virou um meme (outra palavra atual). Esse chamativo pode ser um vídeo feito por amador, ou fotos de quem esteve presente à cena. De fato, a “mídia” não noticia tudo. Há filtros técnicos, políticos, sociais e mesmo de autocensura. Por isso que muitos não estão mais interessados em TV, rádio e jornais impressos.

Agora uma confissão. Às vezes eu penso em fugir para outra profissão e uma que “me gusta mucho” é jornalismo. Quando me lembro de Joelmir Beting, e vejo como sua história o levou para o jornalismo, em específico o econômico, me dá vontade de seguir por aí também. Meu receio maior é ser censurado, ceifado, por meu texto ter um compromisso com a verdade. Mesmo que ela seja só a minha verdade.

© Antônio de Oliveira / arquiteto e urbanista / Julho de 2013.