Quando ela olhou para trás
Eu vi sua face se esmaecer
Na curva de estrada
Nossa estrada, estrada...
Os anos se foram
Poemas rasgados
Canções furtadas
Janeiros afins
Eu sei...
Nos passos enluarados
Fui de encontro ao mar
Nas preces que me vinham
Em nome do nosso amor
Lânguido meu olhar ficou
E deixei-me na praia
Um corpo estirado
Eu nem sei por que de tudo
Deixamos de amar por nada
Sei que sem ela e ela sem eu
Na curva da estrada
Nossa estrada, estrada...
Vi um janeiro tua pele
Bronzeada árida
Tudo o que ficou
Entornou um mar em mim
Tuas queixas em vão
Onde foi parar meus versos
Arraste um janeiro
Sobre a minha canção
Um poema encomendado
Um poema encomendado
Não pode ser convertido
Na palavra da alma
Não tem origem, nem fim
Um poema encomendado
Não pode ser entregue
Identificado contigo
Mas assino embaixo:
Você é meu amor.
© Antônio de Oliveira / arquiteto e urbanista / 2007.
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