Aguçam-me as provocações. É claro, com humor, e sem aquela de dedo em riste, apelativo ou coisa parecida. E provocar mulheres e seus instintos é mais prazeroso ainda. Não sou machista, mas não há melhor maneira para provocar uma mulher que se vestindo como tal. Assim, extraio delas as melhores respostas. Descubro o que mais lhes desagradam e agradam. Numa dessas minhas provocações, quando falávamos de homens e mulheres, suas relações e metáforas com objetos e animais marinhos (moluscos): homem sofá, mulher vuvuzela e mulher polvo, dei minha alfinetada por e-mail:
Boa lembrança amiga: a mulher polvo. É aquela mulher que vive num aquário adivinhando quem vai ganhar alguma competição, ou qual homem é mais lindo: Johnny Depp ou Pierce Brosnan. O problema (ou a felicidade) é que esta mulher morre muito rápida, tem vida curta em seu aquário. Vide o polvo Paul, morreu cedo. Coitado.
Agora, essa mulher polvo (de verdade) é aquela que não tem dois braços, tem oito... Depois de um árduo dia de trabalho - ela é arrimo de família -, ainda chega em casa, põe roupa pra bater, as panelas no fogão; depois dá banho e troca o filho, passa algumas peças de roupa, vê novela, põe lixo na lixeira e reclama do marido que sai para jogar futebol com os amigos e volta duas horas depois, bêbado. Esparrama-se no sofá, se apossa do controle remoto da TV e dorme roncando - sem tomar banho.
Aliás, este é o homem-bomba, ele pode explodir a qualquer momento, basta você deixar de lhe dar comida na boca e de trazer cerveja gelada. Ah! E nada de passar na frente da TV enquanto ele vê futebol. E não importa se é o time dele ou não, futebol é sagrado no universo masculino.
Eu já experimentei vários modelos de mulheres... Diziam que a melhor tinha de ser submissa; sabe aquela caixa de supermercado e com neutrox no cabelo (sem preconceito às duas coisas...) - Katy Milene Suelen -, assim você manda e desmanda e ela faz tudo. Bem, não deu certo, ela não sabe a diferença de pátena e decapê e jamais irá dar palpite no seu projeto arquitetônico. Aí você procura uma arquiteta (mesma profissão), que sabe a diferença de patena e decapê, e é linda, maravilhosa... Meses depois, ela começa a dar palpite demais no projeto da casa que você está fazendo e na tua vida também; controla tua roupa, teu apetite e o pior: a tua conta bancária. Por fim – quase já desistindo -, você arruma uma mulher de profissão oposta: advogada. PERIGO!! Muito cuidado com esta. Ela finge que te dá carinho e tudo mais, mas por trás está tramando algo contra você, vai lhe tirar o que não tem. Ferrou-se cara. Sai fora!
Desistência? Jamais!
Há salvação. Ou: uma luz se acende. Cara! Você encontrou a felicidade. Você descobriu, como eu, aos 45 minutos do segundo tempo - pra não dizer a idade - que não existe perfeição. E a melhor de todas as mulheres é a de BUNDA, PEITOS FARTOS E SÓ LHE DÁ AMOR. Ah, e não fala muito, só ouve e obedece (de cabeça baixa). Para chamá-la, é só balançar o sininho (blem-blem), ou gritar: FULANA! Ela vem correndo. Aí você chega à constatação: esta é a mulher da minha vida, estou no paraíso. Felicidade perene e sexo em abundância. Viva a bunda e o peito! Chega de mulher-polvo. Encontrei a mulher da minha vida: A mulher-bunda-peito. Antonio.
Bem, não queiram saber a resposta. Ela veio ao melhor estilo feminista, com alfinetadas também; elas detestam o machismo, embora a maioria delas se casa com seres dessa espécie. Aprendo muito mais com provocações ao universo feminino do que já aprendi em muitas conversas de botequim com meu melhor amigo homem.
Brincadeiras à parte, a melhor mesma é a mulher polvo; e acredito também, que na relação, se dará melhor com um homem de linhagem igual – polvo. Com oito braços para cada sexo, eles se entrelaçam e não há o que os desunam; sendo assim, os abraços serão afáveis, cálidos, apertados, multi, eternos, para sempre...
© Antônio de Oliveira / arquiteto e urbanista / novembro de 2010.
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