Faço um parêntese nos textos líricos e poéticos, para trazer à reflexão um assunto que também faz parte da vida de todos nós: o momento da política nacional. Ando pela rua e vejo um clima totalmente ufanista, reluzente em verde e amarelo; são brasileiros com suas caras pintadas e soltando a voz com a mão elevada peito: sou brasileiro com muito orgulho, com muito amor! Há explicação, vivemos mais uma Copa do Mundo e o Brasil está lá, mais uma vez, representado pelos seus bravos soldados. De quatro em quatro anos ressuscitamos este “amor” à pátria – o que muitos dizem ser a pátria de chuteiras. Como um amante do futebol, torço sempre pelo Brasil, é claro. Mas lamento que as bandeiras brasileiras sejam retiradas das sacadas dos edifícios e outras pequenas das antenas dos automóveis assim que termina a Copa. Uma pena que esse amor seja efêmero e não contagie também a nação em ocasiões onde somos chamados às decisões políticas. Somos patriotas nas competições esportivas e não somos nenhum pouco em outras disputas por: esclarecimentos, transparência, cobranças, reivindicações e justiça social. Neste ponto, abstemos dos assuntos e procuramos outro com menos incômodo e chateação.
Como tenho falado nas rodas de conversa, em política partidária, não me posiciono para lado algum: nem Arena e nem MDB, nem democrata e nem republicano. Já tentei viver essa tolice. Agora prefiro ser do partido que John Lennon sonhou em “Imagine”: “imagine all the people / sharing all the world...” Assim também penso que, o melhor indivíduo politizado – e eu estou caminhando para isso – é aquele que pensa e decide livremente, colocando seus pensamentos no terreno onde reina a justiça, a ética, a lógica, o bom senso, e sob a luz dos fatos. Isso mesmo, pensar e decidir com minhas próprias convicções. Não acredito em partido político e digo que, eles existem somente para juntar bandos de um lado e de outro como numa partida de futebol da penitenciária; respeito sim, a natureza de quem (indivíduo) constrói sua biografia com dignidade e se utiliza da política, como meio para construir uma nação melhor e mais justa para todos. Já sei, vão dizer: agulha no palheiro. É difícil, pois encontraremos poucos assim, mas ainda sonho com isso. Nós precisamos ser melhores na decência (extraindo de um dos livros de Lya Luft – Múltipla Escolha) e não em escolha partidária. É o que falta. Se ao menos eles tivessem mais decência e ética...
Como tenho falado nas rodas de conversa, em política partidária, não me posiciono para lado algum: nem Arena e nem MDB, nem democrata e nem republicano. Já tentei viver essa tolice. Agora prefiro ser do partido que John Lennon sonhou em “Imagine”: “imagine all the people / sharing all the world...” Assim também penso que, o melhor indivíduo politizado – e eu estou caminhando para isso – é aquele que pensa e decide livremente, colocando seus pensamentos no terreno onde reina a justiça, a ética, a lógica, o bom senso, e sob a luz dos fatos. Isso mesmo, pensar e decidir com minhas próprias convicções. Não acredito em partido político e digo que, eles existem somente para juntar bandos de um lado e de outro como numa partida de futebol da penitenciária; respeito sim, a natureza de quem (indivíduo) constrói sua biografia com dignidade e se utiliza da política, como meio para construir uma nação melhor e mais justa para todos. Já sei, vão dizer: agulha no palheiro. É difícil, pois encontraremos poucos assim, mas ainda sonho com isso. Nós precisamos ser melhores na decência (extraindo de um dos livros de Lya Luft – Múltipla Escolha) e não em escolha partidária. É o que falta. Se ao menos eles tivessem mais decência e ética...
Num desses momentos do passado da política nacional, o então candidato à Presidência da República Leonel Brizola, apregoou a Fernando Collor – seu adversário nas eleições de 1989 - o título de “Filhote da Ditadura”. Filhote quer dizer cria animal e também pode ser também entendido como indivíduo protegido (Larousse). Isso virou deboche, foi lembrado e servido na bandeja em outros cenários e eleições posteriores; e há quem realmente acredite que só a Fernando Collor cai bem este título. Não vou perder tempo em falar dele (ou delle), afinal sua reputação e biografia estão mais que maculadas pela herança que deixou do seu passado político. Já pagou por isso com o impedimento por alguns anos na “geladeira” e longe do exercício de cargos públicos. Também sei que, como na lenda do escorpião, ele sempre seguirá a sua natureza e no momento que lhe convir dará a picada, com seu veneno mortal, até mesmo no dorso de quem o ajudou atravessar a tempestade. É a natureza da política que herdou e agora pactua com os que estão no poder.
Depois de refletir e acompanhar os andaimes da política nacional, pedirei licença para discordar, ou colocar um “ops” nas palavras do falecido Governador. Vejo como os únicos herdeiros e filhotes da ditadura, essa gente que hoje se empoleirou no poder e ali querem perpetuar - a qualquer preço. Bravateiros, corruptos, eles chegaram lá e agora só têm um objetivo: um verdadeiro plano de poder por muitos anos com enriquecimento pelo capital alheio. Chamo-os de filhotes da ditadura, pois eles não existiriam sem ela. A ditadura os tornou visíveis, os tirou dos calabouços e os criou como verdadeiros heróis que nunca foram. Agora, se apropriam de tudo, inclusive da história do país. Não! O Brasil não tem história, eles começaram construir a partir de 2003. É o que pregam. O Brasil pós-golpe de 64 viveu debaixo de um regime militar – diga-se de passagem: um mal necessário. Epa! Necessário, pois no final demos mais importância à liberdade de expressão e aprendemos um pouco do que seja democracia. Eles agora vivem do passado, adulam a ditadura para serem reconduzidos ao presente como verdadeiros defensores da moral e da ética que nunca tiveram. Mas quem diz quem são eles? Ah! São eles mesmos. Atribuem só a si os méritos por vivermos a democracia que o país alcançou. O Brasil iria caminhar para uma democracia, quisesse ou não esta gente. Não quero entrar aqui no mérito de outro posicionamento: se de esquerda, de direita ou centro – isso pouco importa à nação e ao cidadão decente -, se seguidores de Che Guevara e da linha castrista de Cuba. A verdade é que, nenhum desses também viveu para ver a humanidade melhor. Eram carniceiros e adoravam amontoar cadáveres.
Espalhados por aí, há os que o sustentam e defendem esses ditames e esse modo egoísta de governar (para si). Na política rasteira, o que há hoje é um grupo serviçal entranhado nos corredores das universidades, nos meios de comunicação, ONG´s e sindicatos afins; são os que preparam palanques, defendem e multiplicam as ideias, essas que lhes plantaram; são instrumentos manipulados de um partido político, e servem a ele. Esse, por outro lado, lhes impuseram ordens para que pensem como deseja, com suas teorias conspiratórias e espalhando o ódio (ao inimigo). Esses bandeiristas, não são livres para pensar, são serviçais de partidos e rezam sua cartilha, mesmo que toda pregação seja contrária aos seus próprios princípios: morais, religiosos e de caráter. Depois, com o tempo, até se esquecem de quem são e perdendo a própria identidade.
Não sei onde isso tudo irá chegar e se realmente temos que passar por este período letárgico. Espero que não dure muito, já estou cansado. Com tanta reverência e flerte às ditaduras pelo mundo, inclusive na América Latina, não me surpreendo se um dia vermos novamente o país debaixo de outro regime de ditadura, agora orquestrado por eles. O Brasil terá que pagar para ver e seu povo muito mais. Quando iremos poder soltar a voz? Quando iremos viver o verde amarelo em amor e respeito à pátria amada sem o ufanismo de Copa do mundo? Quando teremos um país menos torcedor e mais politizado?
Enquanto esses dias não chegam, eles continuarão enaltecendo o passado de “filhotes” que são e surrupiando nossos sonhos na calada da noite; já o futuro, vai sendo costurado na escuridão, sem a certeza do verde e amarelo que tanto nos orgulha. É isso, a pocilga está sendo cercada em seu próprio intelecto. Agora, alimentem os porcos.
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